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Liturgia Diária 19/06

Dia 19 - segunda-feira: 2Co 6,1-10; Sl 97(98); Mt 5,38-42.

A lei de talião – “olho por olho, dente por dente” - é anterior ao texto bíblico. Nós encontramos referência à lei do talião em vários textos do Antigo Testamento (Ex 21,24; Lv 24,20; Dt 19,21). Do latim, talis é traduzido em português por “tal”. Trata-se, grosso modo, da reparação exigida de alguém que cometeu um delito e que devia ser proporcional ao mal que ele causou a alguém. A finalidade de tal lei era de conter a vingança e a violência, ao contrário do proposto por Lamec (cf. Gn 4,23-24). Essa quinta antítese, visa a superação da lei do talião e explicita a bem-aventurança da misericórdia: Sede misericordiosos, porque alcançarão misericórdia (Mt 5,7). A exigência cristã do perdão, da reconciliação e da paz precisa ser construída com o esforço de todos (cf. Mt 5,9). A expressão “não resistir ao malvado” é ambígua e, por isso, precisa ser bem compreendida. Em primeiro lugar, é preciso a consciência de que é o mal que precisa ser extirpado e a ele não se deve ceder; a pessoa, no entanto, é preciso salvá-la. Em segundo lugar, a afirmação de Jesus prescreve não pagar o mal com o mal, não pagar com a mesma moeda, não responder à violência com a violência. Para o cristão, é preciso considerar como Deus nos trata para poder superar qualquer impulso à violência, à vingança ou ao revanchismo: Deus não nos trata segundo nossas faltas. A todos, indistintamente, Ele oferece o seu perdão e o seu amor. No mundo, o cristão é chamado a ser um sinal da reconciliação de Deus com a humanidade inteira, à imagem de Cristo que reconciliou o mundo com Deus.

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