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LITURGIA DIÁRIA COMENTADA

Reflexões do P. Carlos Alberto Contieri, SJ

Com alegria divulgamos que os comentários da Liturgia Diária do Pe. Carlos Alberto Contieri, SJ (Diretor do Pateo do Collegio), anteriormente publicados nesta página em versão textual, agora ganharam cor e movimento: uma playlist exclusiva no YouTube e um podcast intitulados "Tua Palavra é luz para os meus passos".

 

Uma nova forma de transmitir da Palavra de Deus disponível no canal do Pe. Contieri no YouTube e no Spotify. E tem mais: o Pe. Contieri agora está no Instagram! Lá você encontrará os comentários da Liturgia Diária em versão textual além de outros conteúdos bíblicos.

 

Links: https://linktr.ee/carlosalbertocontieri.sj

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Dia 13 - terça-feira: 2Co 1,18-22; Sl 118(119); Mt 5,13-16.

O trecho do evangelho de hoje diz da vocação de todo o povo de Deus: ser sal da terra e luz do mundo. Trata-se de uma vocação que traz em si uma pretensão de universalidade: o mundo inteiro é beneficiado quando se vive coerentemente o chamado de Deus. Uma das características da vida cristã é a união entre a escuta da palavra e o agir em consonância com essa escuta (cf. Mt 7,21.24-27). É exatamente o que sugere a parábola do sal. Para realizar a sua dupla função de condimentar e conservar, o sal tem que preservar sua propriedade característica. Se o sal perde sua característica ele não serve para mais nada, será lançado fora e pisoteado. Da mesma forma o discípulo, se ele perde a sua qualidade própria de testemunha de Jesus Cristo, ele não serve para mais nada como discípulo. O sal simboliza a fé viva do discípulo; o desvirtuar-se de sua característica equivale à perda da fé. Para evitar a perda da fé e mantê-la viva é necessário que o discípulo permaneça unido ao Senhor. Desde muito cedo Israel é chamado a ser luz para as nações (Is 42,6; 49, 6; Lc 2,32). A luz que resplandece no discípulo é a luz do Cristo ressuscitado e a luz da palavra de Deus que ilumina os seus passos. É necessário que na sua vida no mundo essa luz apareça através do seu agir. Ela não pode ser ofuscada por qualquer outra preocupação que não a busca do que é próprio do Reino de Deus (cf. Mt 6,33). O cristão não possui luz própria; a luz nele é dom de Deus, é presença do Espírito Santo. Por isso, no mundo, o discípulo é chamado a ser reflexo da luz divina.

Dia 12 - segunda-feira: 2Co 1,1-7; Sl 33(34); Mt 5,1-12.

O sermão da montanha é o primeiro longo discurso de Jesus no Evangelho segundo Mateus. Os doze primeiros versículos do capítulo 5 de Mateus é conhecido como “bem-aventuranças” e é parte do longo discurso denominado de sermão da montanha que abrange três capítulos (5 – 7). O gênero literário das bem-aventuranças é bastante atestado no Antigo Testamento, sobretudo na literatura sapiencial. Um exemplo disso é o Salmo 1. O ensinamento de Jesus não é somente para os discípulos, mas também para a multidão (v.1). Enquanto somos peregrinos nesse mundo, é preciso estar aberto às mudanças, pois tudo passa. Viver no espírito das bem-aventuranças é viver na esperança, que é a condição de todo discípulo nesse mundo. As bem-aventuranças visam incutir nos discípulos e na multidão essa virtude que é consequência da fé em Deus. A primeira bem-aventurança (v.3), poderíamos dizer, é o fundamento de todas as demais. O Espírito que há no ser humano, ele o recebeu de Deus; é o sopro insuflado nas narinas de Adão por Deus e que o chamou à existência (Gn 2,7). A pobreza de espírito deve ser compreendida em relação a Deus: a vida é recebida de Deus e, diante dele, o ser humano está desnudo. Concretamente, viver essa realidade é assumi-la com um coração puro, isto é, como dom de Deus. A partir daqui se pode compreender que as bem-aventuranças são um apelo aos discípulos a viverem a vida referida a Deus e na confiança nele. Tudo passa e é efêmero; só Deus não passa, sua Palavra permanece para sempre.

Dia 10 – sábado: Tb 12,1.5-15.20; Sl (Tb 13); Mc 12,38-44.

A primeira parte do evangelho de hoje é uma advertência contra o comportamento dos escribas: Tomai cuidado com os doutores da lei (v.38). Esse alerta mostra a distância que separa Jesus desse grupo influente do seu tempo. Ostentação, aparência, honrarias e exploração dos pobres e indefesos são as marcas dos escribas; isso tudo faz com que Jesus dirija uma dura crítica a eles no capítulo 23 de Mateus, denunciando-os como hipócritas, como túmulos caiados que são bonitos por fora, mas cheios de ossos podres por dentro. Os discípulos devem se precaver contra a tentação de imitá-los, pois o serviço é marca do discípulo de Cristo. Jesus é alguém que tem um olhar atento e profundo sobre a realidade que o circunda. Na segunda parte do evangelho hodierno, em contrapartida, Jesus utiliza o exemplo da mulher viúva que ele viu depositar a sua oferta no cofre do templo como um exemplo a seguir (cf. vv.41-44). A viúva, na sua pobreza, e aos olhos de Deus, superou todos os ricos que ofertavam de sua abundância, pois, ela ofertou somente duas moedinhas, tudo o que ela possuía; sua entrega é maior e mais autêntica. A atitude da viúva pobre é um modelo para a vida cristã: a santidade a ser desejada por todos é a capacidade de entregar tudo nas mãos de Deus.

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