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LITURGIA DIÁRIA COMENTADA

Reflexões do P. Carlos Alberto Contieri, SJ

Com alegria divulgamos que os comentários da Liturgia Diária do Pe. Carlos Alberto Contieri, SJ (Diretor do Pateo do Collegio), anteriormente publicados nesta página em versão textual, agora ganharam cor e movimento: uma playlist exclusiva no YouTube e um podcast intitulados "Tua Palavra é luz para os meus passos".

 

Uma nova forma de transmitir da Palavra de Deus disponível no canal do Pe. Contieri no YouTube e no Spotify. E tem mais: o Pe. Contieri agora está no Instagram! Lá você encontrará os comentários da Liturgia Diária em versão textual além de outros conteúdos bíblicos.

 

Links: https://linktr.ee/carlosalbertocontieri.sj

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Dia 5 - sexta-feira: At 13,26-33; Sl 2; Jo 14,1-6 O evangelho de hoje é parte do discurso de despedida de Jesus que tem sua origem na última ceia (13,31 – 14,31). Evidentemente, o anúncio da paixão e morte de Jesus e a predição da traição de Judas, deixaram os discípulos confusos, agitados, assustados. A finalidade do discurso de Jesus é encorajar os discípulos para que não desanimem nem percam a esperança diante de sua paixão e da morte injusta, violenta e escandalosa. Efetivamente, o medo, a perturbação e a frustração põem em risco a unidade e podem levar a abandonar o seguimento de Jesus e os ideais propostos. No momento da paixão e aos pés da cruz, somente uns poucos, segundo João, permaneceram: a mãe de Jesus, Maria Madalena, Maria de Cléofas e o discípulo que Jesus amava (19, 25-27). Os demais fugiram! Só há um modo de vencer o medo, a fé (cf. v.1). A fé permite manter viva a palavra e a promessa do Senhor, mesmo nos momentos dramáticos da existência humana. Os discípulos são convidados a fazerem um novo êxodo: do medo à fé; da perturbação à paz dada pela confiança na palavra de Jesus. É a promessa feita pelo Senhor (v. 3) que sustenta essa Páscoa.


Dia 4 - quinta-feira: At 13,13-25; Sl 88(89); Jo 13,16-20.

A última ceia de Jesus com os seus discípulos é uma ceia de adeus em que ele deixa suas duas últimas vontades: fração do pão como memorial e o serviço fraterno. É durante a última ceia e depois de lavar os pés dos discípulos que Jesus pronuncia essas palavras que lemos no evangelho de hoje. Máxima semelhante ao enunciado no v.16, o servo não está acima do seu senhor e o mensageiro não é maior do que aquele que o enviou, nós encontramos em Mateus 10,24-25. Um dos aspectos do discurso de Jesus depois de lavar os pés de seus discípulos é apresentar o específico do discípulo. Em nosso caso há dois aspectos a ressaltar: o discípulo é servo e, como tal, renuncia a todo desejo de poder e prestígio. A consciência de sua condição de servo e a vida coerente com essa vocação é o caminho da felicidade. Na configuração da vida do servo ao seu Senhor está a felicidade. Para o relato, a predição da traição de Jesus por parte de um dos discípulos tem por finalidade prevenir os discípulos e, com isso, o leitor, contra o escândalo que pudesse levar a um certo esmorecimento, ao mesmo tempo que dá uma chave de leitura para compreender o fato (cf. Sl 41,10). É, inclusive, um modo de dizer que a Escritura se cumpre em Jesus. Até mesmo a traição pode ser ocasião de fé na pessoa de Jesus (cf. v.19).

Dia 3 - quarta-feira – Santo Felipe e Tiago Menor: 1Co 15,1-8; Sl 18(19); Jo14,6-14.

A nossa fé é apostólica, ela depende do testemunho dos apóstolos que foram testemunhas oculares de tudo o que Jesus fez e ensinou. Por isso, a festa dos apóstolos Filipe e Tiago é a ocasião de agradecermos a Deus por aqueles que nos precederam na fé e a transmitiram. O evangelho desse dia é parte do discurso de despedida de Jesus (13,31–14,31). O discurso é interrompido algumas vezes pela intervenção de um dos discípulos. Do ponto de vista retórico, essas intervenções fazem o discurso avançar e permite a Jesus esclarecer questões importantes acerca do seu destino e da vida dos seus discípulos. O pedido de Filipe, repetido por Jesus (v.9) revela a incompreensão e a incredulidade dos discípulos (cf. v.10), a dificuldade de poder entrar no mistério de Deus revelado em Jesus. A comunhão de Jesus com o Pai é tal (cf. v.10) que estar diante de Jesus é estar diante de Deus. O que é dito a Nicodemos, vale para os discípulos: é preciso nascer do alto (Jo 3,7). A verdade é essa: Jesus é a imagem do Deus invisível (Cl 1,15). Os discípulos terão que passar pela dura prova da paixão e morte de Jesus para que, à luz da ressurreição, possam compreender que na vida de Jesus a graça de Deus habitava em plenitude.

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