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LITURGIA DIÁRIA COMENTADA

Reflexões do P. Carlos Alberto Contieri, SJ

Com alegria divulgamos que os comentários da Liturgia Diária do Pe. Carlos Alberto Contieri, SJ (Diretor do Pateo do Collegio), anteriormente publicados nesta página em versão textual, agora ganharam cor e movimento: uma playlist exclusiva no YouTube e um podcast intitulados "Tua Palavra é luz para os meus passos".

 

Uma nova forma de transmitir da Palavra de Deus disponível no canal do Pe. Contieri no YouTube e no Spotify. E tem mais: o Pe. Contieri agora está no Instagram! Lá você encontrará os comentários da Liturgia Diária em versão textual além de outros conteúdos bíblicos.

 

Links: https://linktr.ee/carlosalbertocontieri.sj

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Dia 9 - terça-feira: At 14,19-28; Sl 144(145); Jo 14,27-31.

A paz é dom do Cristo ressuscitado (Jo 20,19.26). Ela é fruto da presença do Senhor, e, como tal, é imprescindível para a unidade na comunidade dos discípulos, uma vez que ela é a boa relação da pessoa com Deus e a boa relação entre as pessoas; relação caracterizada e construída no amor fraterno. Na paz e no amor não há temor. Jesus, o “Príncipe da paz”, engajou toda a sua vida na reconciliação do gênero humano, tarefa que os discípulos devem continuar (cf. Mt 5,9). A partida de Jesus é para o Pai, mas a sua ausência não será sentida como abandono já que, pelo Espírito Santo, estará sempre presente (cf. Mt 28,20; At 1,1-2). O retorno de Jesus ao Pai deveria ser motivo de alegria para o discípulo, uma vez que faz parte do desígnio de Deus. A paixão e morte de Jesus, que são obras de Satanás, “chefe deste mundo” (cf. v.30), não devem afligir os discípulos, pois a vitória de Jesus é certa. Depois da ressurreição a vitória de Jesus Cristo sobre o mal e a morte será o conteúdo específico da pregação cristã. A entrega de Jesus será para o mundo o testemunho de seu amor e da sua comunhão com o Pai.

Dia 8 - segunda-feira: At 14,5-18; Sl 113B(115); Jo 14,21-26.

O amor não é uma ideia nem se reduz ao sentimento do indivíduo. “O amor se põe mais em gestos que em palavras” (S. Inácio de Loyola). O amor de Deus precede e está na origem de todas as coisas; está na origem da encarnação do Filho único de Deus; é por amor que Deus entregou o seu Filho, e é por amor “até o fim” (cf. Jo 13,1), que o Filho aceitou viver a paixão e a morte numa cruz. Essa força do amor de Deus deve repercutir na vida do cristão: o primeiro na vida cristã não é fazer algo por alguém; o primeiro é aceitar que se é amado e escolhido por Deus. O agir em favor de alguém é fruto do reconhecimento desse amor primeiro de Deus (1Jo 4,19). Daí que para o cristianismo, o amor não é uma ideia, nem boas intenções. O amor é um modo de viver. Amar Jesus, como diz o evangelho de hoje, é acolher e viver sua palavra (vv. 21.23.24). O mundo a que Judas se refere é tudo o que se opõe ao desígnio salvífico de Deus; é símbolo do fechamento do ser humano ao Deus revelado em Jesus Cristo. É em razão desse fechamento e da recusa em ouvir a palavra de Jesus que o mundo não é capaz de reconhecer a manifestação de Deus em Jesus. O Espírito Santo prometido será para os discípulos um “Defensor”, pois, sua missão é, comparativamente, a de hermeneuta, de intérprete das palavras e gestos de Jesus. É o Espírito Santo, enviado pelo Pai, quem fará os discípulos compreenderem o sentido de toda a existência de Jesus.

Dia 6 – sábado: At 13,44-52; Sl 97(98); Jo 14,7-14.

O trecho do evangelho é uma bela lição da via do conhecimento de Deus. O conhecimento de Deus se dá através de Jesus Cristo, “imagem do Deus invisível”. O primeiro versículo do texto de hoje denuncia a ignorância dos discípulos: eles não conhecem Jesus, por isso não conhecem também o Pai, pois o Pai se revela no Filho (cf. Jo 14,9). Para conhecer o Pai, é preciso passar pelo Filho que é a “porta” de acesso ao mistério de Deus (cf Jo 10,9). Agora, é a vez de Felipe; seu desejo é ver o Pai (cf. v. 8). “Conhecer” para o evangelho de João é entrar em comunhão. Somente entrando em comunhão com Jesus é possível conhecer Deus, viver na intimidade de Deus. A intervenção de Felipe revela a incompreensão dos discípulos ao mesmo tempo que permite Jesus de manifestar o seu desapontamento (v. 9). Notemos que a incompreensão dos discípulos é um traço presente nos quatro evangelhos. A falta de fé (v. 10) impede de ir para além das aparências. Somente a fé permite reconhecer que diante de Jesus se está diante da presença de Deus. As palavras de Jesus revelam o Pai; o que Jesus realiza, as suas obras, dão testemunho de sua comunhão com o Pai.

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