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LITURGIA DIÁRIA COMENTADA

Reflexões do P. Carlos Alberto Contieri, SJ

Com alegria divulgamos que os comentários da Liturgia Diária do Pe. Carlos Alberto Contieri, SJ (Diretor do Pateo do Collegio), anteriormente publicados nesta página em versão textual, agora ganharam cor e movimento: uma playlist exclusiva no YouTube e um podcast intitulados "Tua Palavra é luz para os meus passos".

 

Uma nova forma de transmitir da Palavra de Deus disponível no canal do Pe. Contieri no YouTube e no Spotify. E tem mais: o Pe. Contieri agora está no Instagram! Lá você encontrará os comentários da Liturgia Diária em versão textual além de outros conteúdos bíblicos.

 

Links: https://linktr.ee/carlosalbertocontieri.sj

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Dia 12 - sexta-feira: At 15,22-31; Sl 56(57); Jo 15,12-17.

Esta segunda parte do discurso parabólico da videira (vv.11-17) é uma meditação sobre o amor tipicamente cristão. O amor fraterno é exigência primordial da vida em Cristo. O texto do evangelho de hoje é enquadrado pelo tema principal dessa parte do discurso: o amor fraterno (vv.12.17). Na origem do amor do Filho pelos discípulos está o amor de Deus pelo Filho. O Filho é portador do amor do Pai e, pela sua vida, inclusive a sua vida entregue, ele o manifesta a todo o mundo. O amor é exigência e condição de uma vida cristã autêntica, sem hipocrisias. A medida do amor fraterno é a medida do amor de Jesus pelos seus discípulos. No seu amor pelos seus, ele deu a sua própria vida (cf. Jo 13,1). Os “amigos” de Jesus são, além dos discípulos, o leitor do evangelho, nós todos por quem o Senhor entregou a sua vida e revelou a verdadeira face do Pai. Os relatos de vocação do Doze, nos quatro evangelhos, mostram que a iniciativa do chamado é Jesus (v.16; cf. Mc 1,16-20; 3,13-19; Jo 6,70). Para poder produzir fruto do amor fraterno, os que são escolhidos devem partir, aceitar serem enviados pelo Senhor a serem testemunhas do seu amor. Nesse sentido, toda a comunidade cristã é missionária.

Dia 11 - quinta-feira: At 15,7-21; Sl 95(96); Jo 15,9-11.

Vale repetir uma vez mais: o amor do Filho por toda a humanidade é um amor “até o fim” (cf. Jo 13,1), um amor capaz de oferecer a própria vida em sacrifício (cf. Jo 10,17-18). O amor é o fruto esperado de quem permanece unido à videira verdadeira. A fonte do amor é o Pai. Com o mesmo amor com que o Pai ama o Filho, Jesus ama os seus discípulos (cf. Jo 13,1). O Pai ama criando o universo, gerando o Filho desde toda eternidade, entregando-o à morte para que o mundo fosse salvo por ele (cf. Jo 3,16). A fonte da alegria dos discípulos está em se deixar habitar por esse dinamismo do amor divino. "Mandamento", aqui, deve ser entendido como o conjunto dos ensinamentos de Jesus, expressos nas suas palavras e nos seus gestos. O amor a Jesus tem uma exigência prática: é imitando o Senhor e vivendo os seus ensinamentos que o discípulo é habitado por seu amor. O amor engaja a pessoa num compromisso de comunhão profunda com quem é amado. O amor assim vivido é o caminho da verdadeira felicidade. Aliás, não há forma de viver o amor que não suponha a entrega de si mesmo. É o amor que dá sentido à existência humana e à todas as coisas.

Dia 10 - quarta-feira: At 15,1-6; Sl 121(122); Jo 15,1-8.

A encarnação do Verbo de Deus é iniciativa do Pai, por isso é que se diz que o Pai é o agricultor. É ele quem “planta” o Verbo nesse mundo. Os ramos, por sua vez, dão fruto na medida em que estão unidos à videira. O texto de hoje do evangelho é uma alegoria. A afirmação do v.1 parece apresentar a possibilidade de haver uma "videira falsa", uma vez que Jesus diz: eu sou a videira verdadeira. No entanto, o evangelho não informa explicitamente ao leitor do que, propriamente, se trata e o que seria essa suposta videira falsa. Jesus é o tronco ao qual os ramos, símbolo dos discípulos, estão ligados. Ligado à videira é que os ramos recebem a seiva que possibilita produzir bom fruto. Somente a videira pode dar vida aos ramos; somente Jesus pode dar verdadeira vida aos discípulos que nele produzem os frutos da caridade, do amor fraterno. Daí o apelo de Jesus de que os discípulos "permaneçam" nele. Nesses poucos versículos, o verbo "permanecer" aparece oito vezes. Com isso é apresentado o tema principal do trecho que estamos considerando: trata-se de aceitar se deixar habitar por Jesus e por sua palavra e viver a vida nele. Característica do discípulo é a comunhão com o Senhor, no Espírito Santo.

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