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LITURGIA DIÁRIA COMENTADA

Reflexões do P. Carlos Alberto Contieri, SJ

Com alegria divulgamos que os comentários da Liturgia Diária do Pe. Carlos Alberto Contieri, SJ (Diretor do Pateo do Collegio), anteriormente publicados nesta página em versão textual, agora ganharam cor e movimento: uma playlist exclusiva no YouTube e um podcast intitulados "Tua Palavra é luz para os meus passos".

 

Uma nova forma de transmitir da Palavra de Deus disponível no canal do Pe. Contieri no YouTube e no Spotify. E tem mais: o Pe. Contieri agora está no Instagram! Lá você encontrará os comentários da Liturgia Diária em versão textual além de outros conteúdos bíblicos.

 

Links: https://linktr.ee/carlosalbertocontieri.sj

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Dia 16 - terça-feira: At 16,22-34; Sl 137(138); Jo 16,5-11.

O anúncio da partida de Jesus para o Pai, por quem ele foi enviado ao mundo, é associado à promessa do Espírito Santo, força e luz vinda de Deus e que revela a incredulidade como causa da rejeição de Jesus por parte dos judeus. Por causa do anúncio da partida de Jesus, os discípulos ficam profundamente entristecidos. Se a tristeza fecha o coração dos discípulos, o Espírito Santo o abre para a alegria do Ressuscitado e para o testemunho. Com a partida de Jesus e o dom do Espírito Santo tem início uma nova etapa na vida dos discípulos: a do testemunho (cf. Jo 15,27; At 1,8). O Espírito Paráclito, que é luz, não só revela a verdade de Jesus Cristo aos discípulos, mas também a verdade sobre o mundo. Lembremo-nos de que "mundo", aqui, significa tudo o que se opõe a Deus e tudo que resiste reconhecer que Jesus é o enviado do Pai. A verdade sobre o mundo é o seu pecado, isto é, a incredulidade que está na base do julgamento iníquo de um inocente e de sua condenação à morte. Jesus é o inocente condenado à morte. O evangelho que é fruto da experiência pascal dos que foram testemunhas oculares de tudo o que Jesus fez e ensinou, pode proclamar a vitória da cruz, a vitória de Jesus Cristo sobre o mal e a morte. A cruz não é símbolo da derrota; ela se tornou penhor de nossa salvação.

Dia 15 - segunda-feira: At 16,11-15; Sl 149; Jo 15,26-16,4.

O Espírito Santo é um Defensor que procede do Pai pelo Filho. Ele defende Jesus no coração dos discípulos para que estes não esmoreçam ou desanimem diante da perseguição. Agindo nos discípulos, o Espírito Santo os defende do poder da tentação (cf. 16,1). A promessa do Espírito Santo tem por finalidade consolar os discípulos no contexto da paixão e morte de Jesus. O Espírito Santo é dom do Pai e do Filho. O Espírito Santo é Espírito da Verdade porque ensina e recorda as palavras e os gestos de Jesus que revelam o rosto misericordioso de Deus. Dito de outra maneira, é Espírito da Verdade porque revela o mistério de Jesus Cristo, torna, depois da ressurreição, as palavras e os gestos de Jesus vivos e atuais. Missão do Espírito é dar testemunho de Jesus e porque ele "permanece" nos discípulos, esses também darão testemunho de Jesus. O Espírito da Verdade é dado para o testemunho (cf. At 1,8). Dando testemunho de Jesus Cristo, a comunidade cristã será perseguida, em primeiro lugar, pelos judeus, de cujas sinagogas os discípulos de Jesus serão expulsos. É o Espírito quem sustentará a Comunidade para que não esmoreça diante da perseguição. Para o nosso texto, a falta de conhecimento de Deus é a causa da perseguição dos cristãos por parte dos judeus (cf. 16,3). Com essa instrução Jesus se apresenta como verdadeiro profeta, cuja palavra se realiza: Eu vos digo isso para que vos lembreis de que eu disse quando chegar a hora (v.4; cf. Dt 18, 21-22).

Dia 13 – sábado: At 16,1-10; Sl 99(100); Jo 15,18-21.

No tempo da perseguição por causa da fé, é preciso olhar para o Senhor que foi perseguido e rejeitado para aprender dele: não obstante toda perseguição, rejeição e traição por parte do seu próprio povo e discípulos, ele sempre se manteve fiel ao Deus que nunca o abandonou. É bastante provável que em nosso texto de hoje, “mundo” represente a sinagoga que perseguia os cristãos até à morte (cf. At 7; 9,1-2). No envio dos discípulos, Jesus os prevenia para a possibilidade de resistência violenta contra a missão cristã (cf. Lc 10,3; Mt 10,16). Já no prólogo do evangelho, João anuncia a rejeição do Verbo de Deus (1,5.10). No diálogo catequético-batismal de Jesus com Nicodemos, Jesus apresenta o motivo da rejeição da luz por parte dos homens: “porque suas obras eram más” (3,19). É em razão da configuração da vida à Cristo que o discípulo é perseguido (cf. v. 18). Mas, é nessa comunhão com o Senhor que o discípulo deve encontrar o apoio para enfrentar a rejeição, a perseguição e até a ameaça da própria vida, e não sucumbir diante das adversidades próprias da missão. A razão da perseguição ou do ódio do mundo por aquilo que é de Deus é dupla: ignorância e falta de fé. Os perseguidores desconhecem o Pai e, por isso, não reconhecem que Ele enviou Jesus (v.21).

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