Dia 30 - terça-feira: Eclo 35,1-15; Sl 49(50); Mc 10,28-31.
A resposta de Jesus ao homem que era possuidor de muitos bens e deseja a vida eterna, deixou os discípulos inseguros e os incitou a um forte questionamento. A afirmação de Pedro deixa entrever o desejo de uma recompensa adequada ao fato de terem deixado tudo para seguirem Jesus. Este diálogo dá a Jesus a possibilidade de afirmar que deixando tudo, em razão do chamado ao seu seguimento, é que se tem o cêntuplo (v. 30). Deixar para ter a plenitude. “Cem vezes mais” não é uma operação matemática; significa que no seguimento de Jesus Cristo tudo adquire sentido para o discípulo, e tudo ocupa o seu devido lugar. A recompensa do discípulo é o chamado a seguir Jesus e o próprio seguimento, pois ele permite a graça de viver a vida do Senhor. A recompensa não é acerto de contas por algo realizado e merecido. Na vida cristã a recompensa é um dom de Deus. A vida eterna, enquanto dom, é a comunhão com o Pai e o Filho (cf. Jo 17, 2.3) no Espírito Santo. Neste sentido, ela não é um dom exclusivo para a “outra vida”, mas uma graça dada na fugacidade do tempo para que se possa desejar esta comunhão na eternidade, onde nossa vida será plenamente transfigurada em Cristo.
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