Dia 13 – sábado: At 16,1-10; Sl 99(100); Jo 15,18-21.
No tempo da perseguição por causa da fé, é preciso olhar para o Senhor que foi perseguido e rejeitado para aprender dele: não obstante toda perseguição, rejeição e traição por parte do seu próprio povo e discípulos, ele sempre se manteve fiel ao Deus que nunca o abandonou. É bastante provável que em nosso texto de hoje, “mundo” represente a sinagoga que perseguia os cristãos até à morte (cf. At 7; 9,1-2). No envio dos discípulos, Jesus os prevenia para a possibilidade de resistência violenta contra a missão cristã (cf. Lc 10,3; Mt 10,16). Já no prólogo do evangelho, João anuncia a rejeição do Verbo de Deus (1,5.10). No diálogo catequético-batismal de Jesus com Nicodemos, Jesus apresenta o motivo da rejeição da luz por parte dos homens: “porque suas obras eram más” (3,19). É em razão da configuração da vida à Cristo que o discípulo é perseguido (cf. v. 18). Mas, é nessa comunhão com o Senhor que o discípulo deve encontrar o apoio para enfrentar a rejeição, a perseguição e até a ameaça da própria vida, e não sucumbir diante das adversidades próprias da missão. A razão da perseguição ou do ódio do mundo por aquilo que é de Deus é dupla: ignorância e falta de fé. Os perseguidores desconhecem o Pai e, por isso, não reconhecem que Ele enviou Jesus (v.21).
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