Dia 6 - terça-feira: Tb 2,9-14; Sl 11(112); Mc 12,13-17.
Os adversários de Jesus sentem-se irritados pela parábola dos vinhateiros homicidas, pois reconhecem nela a revelação da sua própria maldade (cf. 12,1-12). O desejo dos chefes do povo é prender Jesus (cf. 12,12), intento revelado desde o início do evangelho (cf. Mc 3,6). Insistentemente, procuravam armar uma armadilha para terem uma razão para prender e matar Jesus (cf. vv.13.15; cf. 3,6). O que os fariseus e os herodianos que vão ter com Jesus dizem dele é verdade (vv.13.14), mas, não há sinceridade, pois, eles não acreditam no que dizem, são hipócritas (v.15), fazem encenação, usam máscaras, dissimulam, buscam enganar. À questão posta pela delegação, que tinha cunho político: é lícito ou não pagar o imposto a César? Devemos pagar ou não? (v.14), Jesus responde com uma pergunta, esquema próprio dos diálogos didáticos: De quem é esta imagem? (v.16). Deus não está em concorrência com as coisas deste mundo: dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus (v.17). Nossa perícope fala de imagem e inscrição (cf. v.16). Para a Bíblia o ser humano é imagem de Deus (cf. Gn 1,26-27); a inscrição pode se referir à Lei inscrita no coração (Jr 31,33; Pr 7,3). Neste sentido, o que é de Deus (v.17) é o ser humano, portador da imagem de Deus e de sua Lei.
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