Dia 3 - quarta-feira – Santo Felipe e Tiago Menor: 1Co 15,1-8; Sl 18(19); Jo14,6-14.
A nossa fé é apostólica, ela depende do testemunho dos apóstolos que foram testemunhas oculares de tudo o que Jesus fez e ensinou. Por isso, a festa dos apóstolos Filipe e Tiago é a ocasião de agradecermos a Deus por aqueles que nos precederam na fé e a transmitiram. O evangelho desse dia é parte do discurso de despedida de Jesus (13,31–14,31). O discurso é interrompido algumas vezes pela intervenção de um dos discípulos. Do ponto de vista retórico, essas intervenções fazem o discurso avançar e permite a Jesus esclarecer questões importantes acerca do seu destino e da vida dos seus discípulos. O pedido de Filipe, repetido por Jesus (v.9) revela a incompreensão e a incredulidade dos discípulos (cf. v.10), a dificuldade de poder entrar no mistério de Deus revelado em Jesus. A comunhão de Jesus com o Pai é tal (cf. v.10) que estar diante de Jesus é estar diante de Deus. O que é dito a Nicodemos, vale para os discípulos: é preciso nascer do alto (Jo 3,7). A verdade é essa: Jesus é a imagem do Deus invisível (Cl 1,15). Os discípulos terão que passar pela dura prova da paixão e morte de Jesus para que, à luz da ressurreição, possam compreender que na vida de Jesus a graça de Deus habitava em plenitude.
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