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Foto do escritorPadre Carlos Alberto Contieri, SJ

Liturgia Diária 02/05

Dia 2 - terça-feira: At 11,19-26; Sl 86(87); Jo 10,22-30.

Os judeus querem uma resposta clara, sem rodeios, à seguinte pergunta: Até quando nos deixarás em suspenso? Se tu és o Cristo, dize-nos abertamente! (v.24). No entanto, nenhuma resposta seria convincente (ver: Lc 22,68). A origem e identidade de Jesus é objeto da revelação e precisa ser acolhida na fé. Em nenhum dos evangelhos Jesus diz claramente ser o Messias. Como sói acontecer, Jesus não irá responder com a clareza pretendida por eles. Somente na fé é que se conhece a divindade de Jesus e se acolhe a novidade de Deus. Ao invés de responder diretamente à questão, Jesus passa a falar de suas ovelhas (vv. 27-30). Lembremo-nos de que em todo o Antigo Testamento o povo de Israel se compara a um rebanho, e Deus a um pastor (ver: Sl 23[22]). As ovelhas que escutam a voz é que conhecem o Pastor. A afirmação de Jesus referida às suas ovelhas “eu lhes dou a vida eterna” (v.28), estarrece os judeus, pois quem pode dar a vida eterna, a não ser Deus? As ovelhas são confiadas a Jesus pelo Pai (v. 29). É nas mãos do Filho e do Pai que as ovelhas estão. Nas mãos de Deus as ovelhas estão em segurança. Nas mãos fortes do Filho as ovelhas jamais se perderão. O autor do Deuteronômio diz: “Todos os santos estão em tua mão” (Dt 33,3). Jesus afirma uma unidade profunda entre ele e o Pai: “Eu e o Pai somos um” (v. 30). Para quem todo dia recitava o Shemá Israel, a afirmação de Jesus soava a blasfêmia e escândalo.

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