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Foto do escritorPadre Carlos Alberto Contieri, SJ

Liturgia Diária 01/06

Dia 1 - quinta-feira: Eclo 42,15-26; Sl 32(33); Mc 10,46-52.


Para o Evangelho de Marcos, o mais antigo dos evangelhos, Bartimeu é o modelo do discípulo que, iluminado, segue Jesus no caminho que o conduz à sua paixão, morte e ressurreição: ... ele recuperou a visão e seguia Jesus pelo caminho (v.52).


Jericó é um verdadeiro oásis no deserto da Judeia; Jesus está subindo para Jerusalém acompanhado por seus discípulos e por uma grande multidão que deseja ouvi-lo e tocar nele na esperança de serem curados dos seus males. À beira do caminho, estava um cego, Bartimeu. Estava à margem de tudo, da sociedade, inclusive de Deus, pois, em razão de sua enfermidade, era visto como pecador e castigado por Deus; é por isso que o evangelista observa que ele estava “à beira do caminho”. Bartimeu grita a Jesus com insistência porque ele tem um grande desejo, a saber, ver. O seu clamor foi ouvido, não obstante a multidão que comprimia Jesus e o cala-boca de alguns, incluídos os discípulos. É belo saber que nenhuma súplica do ser humano cai no vazio, pois Deus ouve o clamor do seu povo e conhece o seu sofrimento (cf. Ex 3,7ss). Jesus manda chamá-lo e ele deixando o manto foi de um salto até Jesus (cf. v.50). O manto era símbolo do poder do homem, por isso se diz que tirou o manto para ir até Jesus. Sem humildade, sem reconhecer a nossa condição de criatura, não há possibilidade de receber o dom da visão pela fé. Perguntado pelo que desejava de Jesus, Bartimeu responde: Mestre, que eu veja (v.51). Não há gesto por parte de Jesus que devolva a visão ao cego, mas somente uma palavra: Vai, a tua fé te curou (v.52). A fé é iluminação que permite ver, pois ela nasce do encontro pessoal com Jesus Cristo, luz do mundo. Consequência iluminação pela fé é o seguimento de Jesus Cristo.

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